quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Do amor como doença

O homem inventou o avião, a penicilina, o macarrão…

O homem criou modos de produzir energia…

O homem até achou modos de modificar a sua própria natureza…

O homem descobriu a América, a cura pra varíola;

O homem já foi até a Lua!

Então, por que cargas-d’aguas o homem não conseguiu inventar uma cura pro amor?

Podia ser uma injeção, um comprimido…

Podia ser uma cirurgia! Um nervinho aqui, uma veinha ali, e “voilá”…

Podia até ser um desses equipamentos, como o de ressonância magnética! Você entra lá dentro, e quando sai: -É um milagre!!! -Está curado!

Curado nada, já que amor não é doença.

Mas o que é amor mesmo?

Como diria Camões: Fogo que arde sem se vê; Ferida que dói e não se sente…

Não se sente?!?!?!?!

E o que são os calafrios? Começo de gripe?

E as borboletas no estômago? Gastrite?

E o coração disparado? Arritimia?

É… Acho que o amor é sim, um tipo de patologia… Grave e sem cura!

Mas ainda não se formam “Amorologistas” nas faculdades…

Não há “Amoricilina” ou “Amoralgina” pra tomar de oito em oito horas…

A natureza agradeceria…

Quantos lenços de papel ao menos pra enxugar as lágrimas?

Quantas flores seriam poupadas?

É…

Enquanto o amor ainda não se enquadra na ordem das patologias, e ninguem descobre um remédio, nem a cura, eis aqui um triste paciente terminal, dando seus últimos suspiros e se preparando pra morrer dessa injusta doença chamada amor…

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