O homem inventou o avião, a penicilina, o macarrão…
O homem criou modos de produzir energia…
O homem até achou modos de modificar a sua própria natureza…
O homem descobriu a América, a cura pra varíola;
O homem já foi até a Lua!
Então, por que cargas-d’aguas o homem não conseguiu inventar uma cura pro amor?
Podia ser uma injeção, um comprimido…
Podia ser uma cirurgia! Um nervinho aqui, uma veinha ali, e “voilá”…
Podia até ser um desses equipamentos, como o de ressonância magnética! Você entra lá dentro, e quando sai: -É um milagre!!! -Está curado!
Curado nada, já que amor não é doença.
Mas o que é amor mesmo?
Como diria Camões: Fogo que arde sem se vê; Ferida que dói e não se sente…
Não se sente?!?!?!?!
E o que são os calafrios? Começo de gripe?
E as borboletas no estômago? Gastrite?
E o coração disparado? Arritimia?
É… Acho que o amor é sim, um tipo de patologia… Grave e sem cura!
Mas ainda não se formam “Amorologistas” nas faculdades…
Não há “Amoricilina” ou “Amoralgina” pra tomar de oito em oito horas…
A natureza agradeceria…
Quantos lenços de papel ao menos pra enxugar as lágrimas?
Quantas flores seriam poupadas?
É…
Enquanto o amor ainda não se enquadra na ordem das patologias, e ninguem descobre um remédio, nem a cura, eis aqui um triste paciente terminal, dando seus últimos suspiros e se preparando pra morrer dessa injusta doença chamada amor…
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